terça-feira, 21 de setembro de 2010

Raw ou Jpeg?

Esta é uma dúvida constante entre fotógrafos os iniciantes. Que tipo de arquivo devo usar, Raw ou Jpeg? Bom, primeiro é preciso entender cada um deles pra depois decidirmos. O arquivo chamado JPEG é um arquivo de saída muito usado por ser comum também em câmeras compactas, de uso mais amador, e que já é reconhecido por todos ou quase todos os visualizadores. Então se tirar uma foto em jpeg, provavelmente, logo ao fazer o download para seu pc, já poderá visualizá-las sem problema. Problemas encontraremos quando entramos na área profissional. O Jpeg é um arquivo com compactação, ou seja, ele não armazena tudo o que o sensor de uma câmera profissional ou mesmo semiprofissional pode captar, fazendo um cálculo e compactando as informações, já produzindo assim, cores e contrastes definidos. Já o arquivo RAW, chamamos de o "negativo" da fotografia digital. Isso porque ele consegue armazenar todas as informações capturadas pelo sensor da máquina fotográfica, não produzindo cores e contrates aleatoriamente e proporcionando um maior controle na sua revelação, inclusive dos famosos ruídos. Aí vão me perguntar: Tá, mas se o Raw é muito melhor, porque usar Jpeg? Como eu disse no começo o Jpeg pode ser visualizado facilmente em computadores de todos os tipos, diferente do Raw, que precisa de visualizadores mais específicos. Outra vantagens do Jpeg seria a de, já por ser um arquivo compactado, ser também mais leve que o Raw. Então se vamos fotografar em quantidade muito grande, estes arquivos se tornam mais ágeis na pós produção e ocupam menos espaço nos cartões de memória. Mais aí vai um alerta... Para fotografar em Jpeg temos que ter certeza de que estas fotos não sofrerão grandes interferências de edição e nem impressão em tamanhos maiores, o que diminuiria ainda mais a qualidade final da fotografia. Então na dúvida de qual tipo de arquivo usar eu recomendo que faça uma avaliação do que será fotografado. Exemplo: Se fotografar publicidade, ou moda, ou algo que demande grande qualidade de produção, tamanho de arquivo e impressão, vá de Raw sem pestanejar, mas se for fotografar um evento, com quantidade enorme de fotos e no qual não precisará de grandes impressões ou tratamentos de imagem, vá de Jpeg, o que tornará seu trabalho mais fácil e ágil!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Quem faz a foto?

Com a era digital e suas "facilidades", tenho visto um número crescente de interessados por fotografia. A fotografia sempre despertou fascínio nas pessoas e com a difusão das câmeras compactas, os arquivos digitais e a internet ela se tornou mais rápida, como tudo nos dias de hoje. Mas cuidado, rapidez não é igual a qualidade. Juntamente com esta "facilidade" e rapidez vieram a falta de controle e estudo. Precisamos entender que quem faz a fotografia não é o equipamento e sim o profissional, o fotógrafo. A pessoa que controla o equipamento é quem faz a fotografia e depende do conhecimento e talento dela a beleza e qualidade de uma foto. Sempre recomendo que as pessoas, ao comprarem uma máquina fotográfica, leiam pelo menos o seu manual. Assim conheceremos os recursos e como usá-los. Isto bastaria para cliques despretensiosos onde queremos somente registrar momentos, nada profissional. Agora, para quem quer se embrenhar pelos caminhos da fotografia isto não basta. Precisa-se de muito estudo, técnica e talento. E o estudo vai além da técnica fotográfica. Precisa-se estudar arte, história da arte, história da fotografia e seus grandes mestres, técnicas, equipamentos, composição, etc... Recomendo a estes que procurem bons cursos de fotografia e ou conseguir vagas como assistentes de fotógrafos já experientes. O conhecimento é tudo e ele é conquistado a cada dia, com cada nova experiência e com muita persistência!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Produzindo um Editorial de Moda

Num editorial de moda existem várias coisas a se levar em conta. Produção de moda, planejamento, tema, conceito, produção fotográfica, modelo, produção de beleza, cenografia e muito mais. Funciona mais ou menos assim: Reunião para pautar o tema e conceito do editorial; decidir modelos, data, locação e conceito de cenografia; planejamento fotográfico, incluindo plano de iluminação; pesquisa e coleta dos looks.Isso acontece ainda antes do ensaio fotográfico.
Durante o ensaio a produção continua sendo importantíssima. A montagem e desmontagem dos looks das modelos, as alterações e controle das luzes e acessórios de iluminação, a produção de vídeos e fotos de making off, a maquiagem e cabelos, etc... É preciso muito cuidado, dedicação e profissionalismo.Tudo tem que sair perfeito. É, a palavra perfeito aqui é fundamental. Mesmo com alguns imprevistos, e sempre existem imprevistos, o trabalho de produção é o que minimiza os erros, nos proporcionando alcançar o resultado pretendido, apesar de ter que improvisar em alguns momentos.
É justamente, por tudo isso que, ao ser parabenizado pelas minhas fotos, estou somente recebendo os elogios pelo trabalho de uma grande equipe. E é a produção desta equipe que torna possível e cada vez melhor o nosso produto, a nossa arte!

domingo, 12 de setembro de 2010

Capa = Conceito


A capa da SantaFashion Magazine deste mês bateu recordes de aceitação e comentários positivos. Todos elogiam a beleza da modelo e foto, o que me deixa muito feliz, mas por trás de tudo isso existe também um conceito.
O conceito de uma foto é o que geralmente determina seu sucesso. Na SF Magazine setembro 2010, fotografamos alguns editoriais com objetivo de mostrar as novas tendências de cores, cortes, estampas, etc... Cada editorial foi concebido a partir de um conceito e a união destes serviu de base para criamos o conceito geral da capa... Os olhos mais atentos, poderão ver em uma única foto, tudo o que mostramos dentro da revista. Cores pastéis, estampa floral, flores, beleza e até mesmo, o ar angelical e doce da linda modelo envolvida por uma luz branca e suave, fazem referência a cada tema abordado nos editoriais contidos na edição. Claro, tudo isso foi devidamente estudado. Desde a escolha da modelo, sua maquiagem, acessórios, look e cenografia. Tudo pensado e trabalhado para transformar a ideia em imagem. Está imagem primária serve para contar de maneira resumida o que as próximas nos contarão em detalhes. Para um melhor entendimento convido todos os leitores a fazerem esta análise no http://www.santafashion.com/ . Assim veremos que por trás de uma bela fotografia sempre existe um grande conceito.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Dura, difusa ou rebatida?

O que será melhor para este tipo de fotografia? Uma iluminação dura, rebatida ou mais difusa? Vejo por muitas vezes fotógrafos, e até eu mesmo, se depararem com estas dúvidas. Como decidir? Depende.
A iluminação difusa é aquela onde algum tipo de material, como tecido ou papel branco, é usadado para suavizar a intensidade da luz. É muito útil para fotografar pele. Com ela conseguimos um resultado mais homogênio e não corremos o risco de criar contrastes muito fortes. Além disso, ela proporciona um maior controle de direcionamento. Através de acessórios como softboxes, hazys, colmeias e outros, conseguimos direcionar melhor a luz, estabelecendo limites para que ela não vaze.
O rebatimento também tem o objetivo de suavizar a iluminação. Usamos aí materiais reflexivos, como rebatedores, espelhos, isopor, cartolinas brancas, etc... A diferença maior aqui é o controle de direcionamento, pois a luz se espalha com maior facilidade.
A iliminação dura é aquela em que projetamos a luz, flash ou contínua, diretamente sobre o que fotografaremos, sem usar nenhum tipo de material para suavisá-la. Neste caso conseguimos contrastes mais fortes e provocamos maior dramaticidade a cena. Está iluminação também pode ter controle de direcionamento através de alguns acessórios.
Na hora de escolher o tipo de iluminação e sua configuração é importante termos este conhecimento e principalmente testarmos sempre a intensidade da luz através de fotômetros e alguns clicks experimentais. Assim, certamente, obteremos resultamos mais satisfatórios e menor tempo.